EDP e autarquias prometem exclusividade a Mário Ferreira no vale do Tua

Quem quer ficar com um vale e uma linha de caminho-de-ferro para explorar? A pergunta que a EDP e a Agência para o Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT) fizeram durante meses a vários operadores turísticos não teve resposta. Em 27 de Julho do ano passado, foi lançado um concurso público para a concessão da exploração do Sistema de Mobilidade do Tua que ficou deserto e não apenas por se ter desenrolado no auge das férias, durante o mês de Agosto.
O que estava inscrito no caderno de encargos afastou todos os interessados: a EDP avançava com 10 milhões de euros para um plano que custava 30 milhões, em parte comparticipáveis pelo acesso a fundos comunitários. Aflita por não poder cumprir a componente essencial das contrapartidas da barragem, a EDP foi à procura de um salvador. Encontrou-o no maior operador do turismo fluvial do Douro, o empresário Mário Ferreira.

O dono da Douro Azul e do grupo Mystic River explica em duas frases a razão do fracasso do concurso do ano passado: “Só tinha deveres, não tinha direitos”. O ajuste directo que fez com a EDP e com a agência, assinado em Fevereiro deste ano na sequência de um protocolo celebrado em Setembro de 2015, tem deveres, mas também tem muitos direitos. Na prática, a EDP, que teve de dar mais um milhão de euros para lá dos dez prometidos, financia com 1,4 milhões de euros a construção de cais e fluvinas, dá 1,5 milhões para a reabilitação da linha férrea entre Mirandela e Brunheda (onde atracam os barcos que fazem a ligação ao cais da barragem), investe 2,1 milhões em parques e acessos, um milhão na reabilitação de apeadeiros, três milhões na aquisição de um comboio que terá a imagem de antigamente e um milhão num barco rabelo de ferro e aço. Mário Ferreira assume o risco de “ter de aguentar a operação”, o que lhe pode trazer prejuízos nos primeiros “três ou quatro anos”. O negócio pode envolver investimentos próprios até cinco milhões de euros, diz o empresário.
Para que os riscos sejam mínimos, o contrato estabelece que em caso de incumprimento de prazos não haverá lugar a indemnizações – nesse cenário, as partes “devem definir, por consenso, novas datas-chave”. E fala de situações de exclusividade. “A EDP Produção e a ADVRT desenvolverão os melhores esforços no sentido de apoiar o operador a obter, junto das entidades competentes, a exclusividade na exploração turística do Sistema de Mobilidade”, lê-se no contrato.

Um contrato "justo", diz Mário Ferreira

Ao nível da linha férrea, essa situação está garantida. Uma resolução do Conselho de Ministros de 30 de Agosto desclassificou a linha do Tua da rede ferroviária nacional e determinou que a sua exploração “seja efectuada pelo operador que, no âmbito do projecto de mobilidade aprovado e em cooperação com as autarquias locais, se proponha fazê-lo”.
Mais duvidosa é a liberdade de circulação nas águas da albufeira. Se um operador local quiser obter licenças para o transporte turístico pode fazê-lo? Mário Ferreira lembra que o que está em causa é uma concessão. “Se quem está a pagar somos nós, é justo que haja exclusividade”, diz. José Silvano, deputado do PSD e ex-presidente da Câmara de Mirandela admite que possa haver pequenos investimentos no turismo, desde que devidamente autorizados pela ADRVT, agência na qual a EDP tem 49% dos votos. Fernando Barros, actual presidente da agência, nota que a promessa de exclusividade “é fruto de uma negociação” complicada para a EDP e para a agência. “Compreendo que a posição de quem negociou tenha sido a de fazer tudo para não deixar fugir o novo operador”, nota o autarca de Vila Flor. Resta saber se será legal limitar a operadores o acesso a infra-estruturas que nascem de uma contrapartida pública.
Para lá de estar numa situação de força na negociação da mobilidade turística, Mário Ferreira usou o mesmo poder para se prevenir dos riscos associados à mobilidade quotidiana. No contrato de Fevereiro, o empresário diz-se “disponível para assumir a exploração e operação da componente de mobilidade quotidiana, nos termos a definir entre as partes”.

Prova “rainha” de todo o terreno invadiu Vimioso

Diário de Trás-os-Montes
Montes de Notícias
Bruno Mateus Filena em Seg, 19/09/2016 - 16:06
Entre dezenas de pilotos, muitos deles internacionais, Emanuel Costa e Filipe Guimarães foram os dois portugueses que mais se destacaram ente os dias 14 e 17 de setembro na mítica corrida “King of Portugal”.

Os portugueses sagraram-se vencedores naquela que é considerada por muitos como uma das provas mais duras e exigentes a nível mundial. Emanuel Costa conquistou o primeiro lugar na etapa portuguesa, enquanto Filipe Guimarães, apesar de ter ficado na segunda posição, venceu o título europeu de Ultrafour.
O King of Portugal, que este ano teve lugar entre os dias 14 e 17 de setembro, em Vimioso, nasceu em terras lusas corria o ano de 2013, perante um desafio colocado pelo mentor da prova norte-americana “King of The Hammers. Há 8 anos, Dave Cole e 12 amigos reuniram-se no deserto no leste da Califórnia e a troco de uma embalagem de seis latas de cervejas (six-pack) propuseram-se organizar um fim de semana diferente, sem saber que ao fazê-lo acabariam por criar uma das maiores e mais duras corridas de off-road do mundo.
Em Portugal, a prova tem exatamente o mesmo formato e é, de resto, realizada com os mesmos critérios de construção de carros e dureza do deserto do Mojave da Califórnia, sob a licença da marca King of The Hammers.
Com inscrições entre os 470 e os 770 euros nas quatro categorias, Class Stock, Class Modified Class Legend e Class Unlimited, a verdade é que não faltaram participantes oriundos dos quatro cantos da europa.
Até porque, mais do que uma prova, o King of Portugal 2016 representa um verdadeiro teste à força motriz dos veículos, aos motores, aos pneus, às transmissões e, particularmente, à capacidade dos pilotos. Resumindo, um teste à sua destreza, à rapidez, ao calculismo e à inteligência, como asseveraram diversos pilotos ao longo dos vários dias, que, tiveram de enfrentar os muitos e, por vezes, penosos obstáculos.
O evento motorizado, que incide numa tentativa constante de tentar conquistar a dureza dos trilhos dos planaltos transmontanos de Vimioso, é visualmente intenso e de grande cobertura mediática, o que acaba por ser, considerado pela organização, “o veículo perfeito para a promoção de marcas e produtos com apetência global”.
FOTOS: António Pereira

Inauguração da Rede de Percursos Pedestres do Parque Natural Regional do Vale do Tua

A Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT) inaugura nos próximos dias 16, 17 e 18 de setembro a Rede de Percursos Pedestres do Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT). A Secretária de Estado Dra. Célia Ramos estará presente neste importante evento.

PROGRAMA
17 de Setembro
No dia 17 de setembro (sábado), a inauguração ocorre em Abreiro por altura da Feira do Figo e do Património desta freguesia do concelho de Mirandela.
Inauguração dos percursos PR4 MDL Trilho do Vale do Tua e PR5 MDL Trilho de Santa Catarina
08h45 Inauguração do PR4 MDL e PR5 MDL – Museu Dr. Adérito Rodrigues em Abreiro
09h00 Percursos Pedestres pela Pequena Rota PR4 MDL e PR5 MDL *
- inicio e fim no Museu Dr. Adérito Rodrigues em Abreiro
- valor da inscrição 3.5€ (seguro)
13h30 Almoço em Abreiro **
16h00 Cerimónia de divulgação da Rede de Percursos Pedestres do PNRVT (Museu Dr. Adérito Rodrigues em Abreiro)
16h30 Workshop “Caminhar- Passo a Passo” e sessão de autógrafos por Pedro Cuiça, no Museu Dr. Adérito Rodrigues em Abreiro. Gratuito.
* inscrições até às 16 horas do dia 16 de setembro nos postos de turismo de Vila Flor, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela e Murça ou pelo e-mail geral@naturthoughts.com
** almoço apenas para participantes do percurso pedestre
18 de Setembro
A inauguração do PR I VFL “Trilho do Tua – Vieiro – Freixiel”
08h45 Inauguração do PR I VFL – Centro de Convívio e Memória no Vieiro
09h00 Percurso Pedestre pela Pequena Rota PR I VFL *
- inicio no Centro de Convívio e Memória no Vieiro e fim em Freixiel
- valor da inscrição 3.5€ (seguro)
13h30 Almoço no Pavilhão Multiusos em Freixiel **
16h00 Cerimónia de divulgação da Rede de Percursos Pedestres do PNRVT em Freixiel
16h30 Workshop “Fotografia na Natureza”, de Cláudia Damas, no pavilhão Multiusos em Freixiel
* inscrições até às 16 horas do dia 16 de setembro nos postos de turismo de Vila Flor, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela e Murça ou pelo e-mail geral@naturthoughts.com
** almoço apenas para participantes do percurso pedestre

Quinta do Palame

Caloiros da Universidade Católica trocam praxes por apanha ‘solidária’ de batata Fonte: Agência Lusa


Alunos da Universidade Católica de Lisboa, que iniciam este mês de setembro estudos em economia e gestão, vão apanhar batata no Ribatejo, nomeadamente na Golegã, que será entregue a instituições de solidariedade social.
O Dia Solidário ‘Restolho’ decorre na próxima quarta-feira, em alternativa à praxe tradicional, e visa envolver os caloiros na apanha de sobras de culturas agrícolas deixadas nos campos após as primeiras colheitas, refere a universidade numa nota de imprensa.
A iniciativa resulta de um parceria com a AGROMAIS – Entreposto Comercial Agrícola, a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome e a associação Entrajuda – Apoio a Instituições de Solidariedade Social.

Ode ao Gato




Tu e eu temos de permeio
a rebeldia que desassossega,
a matéria compulsiva dos sentidos.
Que ninguém nos dome,
que ninguém tente
reduzir-nos ao silêncio branco da cinza,
pois nós temos fôlegos largos
de vento e de névoa
para de novo nos erguermos
e, sobre o desconsolo dos escombros,
formarmos o salto
que leva à glória ou à morte,
conforme a harmonia dos astros
e a regra elementar do destino.

José Jorge Letria, in "Animália Odes aos Bichos"

Poema de António Torrado, denominado «Ele há tantas vacas». Aqui fica, para que se possam divertir a lê-lo.


Com manchas a menos
Com manchas a mais,
Não vejo que haja
Duas vacas iguais.

Ele há vacas brancas
E vacas malhadas
E pretas-castanhas
Ou vacas torradas.
Ele há vacas sardas
Com manchas pequenas
E vacas salgadas
Com pontos, apenas.
Ele há vacas listras
Raiadas na espinha
E pardas-lompardas
Pretas à noitinha.
Ele há vacas pretas
de noite e de dia
e vacas nevadas
da cor da aletria.
Ele há vacas tantas
Com tantos salpicos,
Porque não há-de haver
De outros fabricos?
Se há vacas brancas
E vacas malhadas,
Porque não há-de haver
Vacas listadas ?
Se há vacas torradas,
Castanhas retintas,
Porque não há-de haver
Vacas às pintas?
Se há vacas silvadas
Com manchas na tola.
Porque não há-de haver
Vacas às bolas?
Se há vacas tantas
Pastando nos prados,
Porque não há-de haver
Vacas aos quadrados?
Se há vacas de raça
Barrosã, charolesa,
Porque não há-de haver
Em manta escocesa

in António Torrado

Tangram

O Tangram é um quebra-cabeças chinês formado por 7 peças. Essas peças são 2 triângulos grandes, 2 pequenos, 1 médio 1 quadrado e 1 paralelogramo. Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas sem sobrepô-las. Segundo a Enciclopédia do Tangram é possível montar mais de 5000 figuras.
Esse quebra-cabeças, também conhecido como jogo das 1000 peças, é utilizado pelos professores de geometria como instrumento facilitador da compreensão das formas geométricas. Além de facilitar o estudo da geometria, ele desenvolve a criatividade e o raciocínio lógico, que também são fundamentais para o estudo da matemática e da ciência.
Não se sabe ao certo como surgiu o Tangram, apesar de haver várias lendas sobre a sua origem e o seu nascimento no mundo dos mortos. Uma diz que uma pedra preciosa se desfez em sete pedaços, e com elas era possível formar várias formas. Outra diz que um imperador deixou um espelho quadrado cair, e este se desfez em 7 pedaços que poderiam ser usados para formar várias figuras,de diversas formas.Segundo algumas, o nome Tangram vem da palavra inglesa "tangam", de significado "misturas" ou "desconhecidos". Outros dizem que a palavra vem da dinastia chinesa Tang, ou até do barco cantonês "bundumocu", onde mulheres entretinham os marinheiros americanos. Na Ásia o jogo é chamado de "300 placas". O Tangram é muito usado em trabalhos escolares para exposições e outros.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Para os  mais curiosos,deixo  um link de um site com jogos divertidos, com tangran

http://web.educom.pt/escolovar/mat_tangram.htm

As 10 polémicas profecias de Nostradamus para 2016! Será que vão mesmo acontecer?


Fonte: - https://shar.es/16NTu5

 

Michael de Nostradamus é dos videntes mais famosos de todos os tempos, e é considerado um verdadeiro profeta para muitos que estudam as suas profecias, devido a muitas coincidirem com o que tem acontecido no Mundo.

No seu livro, constam previsões codificadas sobre o futuro da humanidade até o final dos tempos, e segundo especialistas, estas dez profecias de Nostradamus são para o ano de 2016.

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Vê as 10 profecias de Nostradamus para o ano de 2016:

1ª Terceira Guerra Mundial

Segundo Nostradumus, a terceira guerra mundial irá começar em 2016 e terá a duração de 27 anos. Duas grandes nações se levantarão uma contra a outra e iniciarão uma série de conflitos; inclusive um conflito nuclear será registrado. Coincidentemente, o francês afirma que um cometa passará na órbita da terra no mesmo período.

2ª Erupção do vulcão Vesúvio

O vulcão que fica localizado no golfo de Nápoles na Itália entrará em erupção e gerará uma série de terremotos a cada cinco minutos. O acontecimento irá ocasionar uma grande tragédia. Segundo a profecia, de 6 a 16 mil pessoas perderão a vida.

3ª Grande terremoto nos Estados Unidos

Um terremoto devastará a parte ocidental dos Estados Unidos e abalará a maior economia do mundo. O abalo será tão forte que poderá ser sentido em países vizinhos.

4ª Permissão para paternidade

O ser humano terá que obter licenças governamentais para poder gerar filhos. Licenças e permissões terão que ser requisitadas caso um casal deseje ter filhos.

5ª Colapso económico mundial

Uma grande crise económica sem precedentes abalará as grandes nações e consequentemente se estenderá aos países emergentes.

6ª Fim da cobrança de impostos

Uma nação do mundo deixará de cobrar impostos. Uma política inédita e igualitária surpreenderá o mundo.

7ª Radiação Solar destruirá o meio ambiente

Uma intensa radiação solar provocará queimadas em florestas e destruirá uma parte considerável da flora e fauna mundial.

8ª Expectativa de vida de 200 anos

Os avanços da medicina chegarão a tal ponto que o ser humano poderá viver até 200 anos. Nas previsões, pessoas de 80 anos terão a mesma disposição de uma de 50 anos.

9ª Comunicação de animais com seres humanos

Um método de comunicação de seres humanos com animais será desenvolvido. O homem poderá se comunicar perfeitamente com seu animal de estimação.

10ª Fim da barreira de idiomas

Segundo Nostradamus, os avanços tecnológicos farão com que todos os povos de todas as nações se comuniquem sem precisar aprender o inglês, apenas com um dispositivo tradutor automático, tecnologia comparada a de um aplicativo.

E tu o que acha das profecias de Nostradamus? Acreditas que algumas podem acontecer? Deixa a tua opinião nos comentários.

A farsa do Salmão! Como nos enganam!

  Fonte: - https://shar.es/16NTu5

O salmão que encontramos nas prateleiras do supermercado não é tão benéfico assim. É salmão criado em cativeiro, vindo do Chile, que é diferente do salmão selvagem encontrado na América do Norte.
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Damos como certo de que a carne do peixe é rosa-alaranjada – ou ‘salmão’. Porém, esta a regra aplica-se somente ao peixe de alto-mar, que passa a vida em liberdade no oceano para subir os rios na época da reprodução e morrer em seguida. Esse peixe é raro, caro, delicioso e belamente colorido por conta de sua dieta à base de camarão e krill. No total, ele representa uns míseros 5% do salmão vendido nos Estados Unidos.
A esmagadora maioria do peixe encontrado nos mercados de todo o mundo é criado em aquacultura, e tem uma cor que vai do cinza ao bege-claro, passando no máximo por um rosa-pálido. Para ficar com o mesmo tom do salmão selvagem ele recebe uma ração com aditivos sintéticos derivados de petróleo.
Além disso, estudos apontam que consumir uma média mensal de 200 gramas deste pescado, apresenta riscos cancerígenos inaceitáveis.
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A verdade é que este peixe, que recebeu a fama de super alimento, repleto de Ómega 3, que combate o colesterol mau, é antiinflamatório e traz inúmeros benefícios para o consumidor, não passa de um produto perigoso. Para piorar a situação, muitas vezes os peixes são criados em ambientes anti-higiénicos, recebem antibióticos, tem o dobro de gordura – na sua maioria de gordura saturada (má) e quase nada de Ómega 3 (boa). Por causa disto, os peixes recebem altas doses de antibióticos e fungicidas. Ou seja: mais contaminação na sua carne.
Quando se imagina que consumir com frequência o salmão fará bem à sua saúde, sem saber, vai acabar por desenvolver problemas de saúde que não tinha. Eu passo muito, muito longe de salmão e de qualquer peixe criado em cativeiro. Peixe bom, rico e saudável MESMO, é o peixe de pesca.
Em Portugal pescam-se vários tipos de peixe de grande qualidade, chamado selvagem, peixe saído da LOTA que sem dúvida é muito mais saudável do que os de aquacultura naturalmente mais baratos.
Um assunto a ter em mente quando comprar peixe.

Limoeiro na varanda, bairro de S. Miguel Lx,


28 expressões que só vais ouvir em Trás-os-Montes



Arrebunhar
“Arrebunhar” é exatamente o mesmo que “arranhar”, só que com mais uma sílaba gratuita. Em vez de “O azeiteiro do teu gato arranhou-me o braço todo”, podes dizer “O azeiteiro do teu gato arrebunhou-me o braço todo”, mas com pronúncia transmontana, claro.
Albarda
A palavra vem do espanhol (o que é comum acontecer nas expressões do nordeste transmontano, visto que a região sofre bastante influência de Espanha) e designa as selas que se colocam nos cavalos, burros e outros animais de carga. Em Trás-os-Montes, refere-se também ao vestuário de alguém, mais frequentemente para falar de casacos grandes ou algo do género. Por exemplo: ” Não te metas nesse caminho de lama que dás cabo da albarda, rapaze!”.
Amarrar
A palavra existe e é conhecida para toda a gente, certo? Significa, obviamente, atar com cordas, por exemplo. Contudo, em Trás-os-Montes, a palavra é utilizada como um sinónimo – ou substituto – de “agachar”. Se algum dia um gajo de Bragança te gritar “cuidado, amarra-te!”, não é suposto pegares numa corda e prenderes-te a um poste com ela (exceto em casos de sadomasoquismo brigantino). A única coisa que tens que fazer é baixar-te, ou ainda bater com o caco nalgum sítio.
Carranha
É a palavra mais nojenta da lista e significa, simplesmente, “macaco do nariz”, ou monca. Se és daquelas pessoas que não se assoa, é bem provável que ouças alguém dizer-te “Pega lá um lenço, que tens aí uma carranha!”. Contudo, também é provável que ninguém te diga nada e que andes o dia inteiro a fazer uma figura triste com uma monca de fora.
Cibo
Esta palavra significa exatamente o mesmo que “bocado”, podendo substituí-la em qualquer contexto. Ao lanche, numa terra transmontana, será comum oferecerem-te um “cibo de pão com manteiga”, por exemplo
C’moquera
Esta é uma das expressões mais difíceis de explicar. Quer dizer, mais ou menos, “pode ser que sim”, sendo utilizada tanto em tom “normal”como em tom de ameaça. Por exemplo, se não fizeres as cadeiras todas este ano – nós sabemos que estás à rasca – “c’moquera” que ainda perdes a bolsa de estudos, se a tiveres. Se se meterem contigo, poderás também só dizer “c’moquera!”, em tom de ameaça, como quem diz “Pode ser que leves uma saronda!” O que é uma saronda? Já lá vamos. Só mais um cibo.
C’mássim
Esta tem mais ou menos o mesmo significado que “assim sendo” com a vantagem de não precisar necessariamente de qualquer antecedente. Se a conversa estiver fraca podes simplesmente dizer “C’mássim, vou-me andando para casa”. Também pode significar algo como “tem que ser”, como no exemplo: “Bem, vou limpar aqui o chão da cozinha, c’mássim….”
Emplouricar
Significa ir para cima de alguma coisa. Os gatos, por exemplo, gostam de andar sempre “emplouricados” nas mesas, nos armários, nas portas, nas janelas, na televisão, nos móveis da casa de banho, na bacia…enfim,  já percebeste a ideia. E uma coisa é certa: os gatos são mais fofos quando se andam a emplouricar do que quando nos estão a arrebunhar o couro por completo.
Ele é
Esta é um cibo difícil de explicar porque não tem jeito nenhum. Basicamente, é o mesmo que “é”, mas por vezes junta-se o “ele” mesmo que não se justifique. Em vez de perguntares “É aqui o festival?”, poderás perguntar “Ele é aqui o festival?”. Qual é a vantagem? Nenhuma. E a necessidade? Também nenhuma.
Fai
Isto é uma variante de “faz”, pelo que tem mais que ver com a pronúncia do que com a palavra em si. Por exemplo: “Ó Sandra, fai-me aí um sumo de laranja!”. Há quem diga que o verbo “fazer” pode ser conjugado nas outras formas verbais, ao estilo de “fai” (“fais”, “faem”) mas também há quem diga que não, por isso não nos vamos pronunciar no que toca a esse assunto.
Massim
Não há uma correspondência 100% correta para isto mas é parecido com “não mas sim”, o que, por si só, já não faz sentido nenhum. Por exemplo, se disseres que não queres salada, a tua mãe pode dizer-te: “Massim, que te faz bem!”
Manhuço
Manhuço é um aglomerado de qualquer coisa, numa quantidade que seja possível pegar com uma mão mas sem ser possível esconder. Um manhuço de cereais, por exemplo, seria quando metes mão na caixa dos Chocapitos do Lidl e tiras uma mão cheia deles. Um manhuço de terra é quando agarras numa mão cheia de terra. Um manhuço de cibos de pão é…é uma estupidez, já.
Lapouço
Quer dizer sujo/porco/labrego. Se és uma daquelas pessoas que não consegue ir ao McDonald’s sem deixar cair metade do hambúrguer ao chão e na barriga inchada enquanto metes a boca no outro lado do pão, pode dizer-se que és um “lapouço”. Outras palavras com significado semelhante – ainda que o destas seja um pouco mais forte, significando que a pessoa é mesmo porca – são “Larego” ou “Cochino”.
Ladradeira
Isto é o que se chama àquelas senhoras coscuvilheiras, que passam o dia a dar à língua para cá e para lá, a falar da vida do Sr. Francisco, do carro novo da Dona Teresa, da filha bastarda da Maria Cigana. Dedicada a todas essas senhoras, e palavra “ladrar” foi adaptada, de forma pejorativa, para esta bela forma: Ladradeira.
Guicho
A pronúncia é “guitcho/a” e é o equivalente a “fino”, que descreve alguém inteligente, ou esperto! Em vez de dizer “e és pouco fino, ó Zé!”, dirias “E és pouco guitcho, ó Zé! C’moquera!”
Refustedo/Chaldraria
Ambas as palavras querem dizer confusão, ou barulheira. “Isto é que vai para aqui um refustedo/uma chaldraria do caraças!”. Contudo, “refustedo” pode também ser utilizado em substituição de uma palavra parecida, mais feia: “p**edo”. Por exemplo: “Não te metas nessa lanchonete que só há lá refustedo…”
Larpar
Esta palavra significa o mesmo que comer, mas de uma maneira ligeiramente mais torgueira. Não há muito mais a dizer acerca desta palavra, por isso não nos vamos alongar, até porque esta mesma frase foi feita precisamente para meter aqui mais um bocadinho de texto desnecessário.
Engranhado/a
Uma pessoa engranhada – ou, noutra variante, engaranhada – é uma pessoa cheia de frio, ou que está toda encolhida por causa do mesmo. Por exemplo: “Aquela ladradeira está ali toda engaranhada e mesmo assim não se cala! C’moquera ainda apanha uma constipação.”
Arreguichada/o
Arreguichar é mais ou menos sinónimo de empinar. Como tal, para dizer que alguém tem a mania, diz-se que anda de nariz “arreguichado”, em vez de empinado, e as raparigas mais oferecidas normalmente “arreguicham” a saia mais frequentemente….É um refustedo.
Birolho/a
Um gajo birolho é, basicamente, alguém que tem os olhos tortos. Apesar de parecido, não é sinónimo de zarolho, que isso é alguém que só tem um olho. Por exemplo: “O Pedro é birolho, tem um olho no pão e outro no repolho”. Os birolhos são, portanto, mais frequentes. A Rita Pereira é um exemplo de uma leve birolhice.
Furgalhos
Isto é exatamente o mesmo que migalhas. É uma questão de preferência. Poderás dizer, por exemplo, “Não deites os forgalhos na cama pá! És birolho ou quê?”, ou “Parte aí um cibo de pão com cuidado, para não esfurgalhar”.
Porí
Porí é uma expressão que pode ser utilizada no lugar de “se calhar”. “- Porque é que a Maria está ali amarrada? – Não sei, está engaranhada, porí”. Em português de Lisboa isto seria equivalente a “- Porque é que a Maria está ali agachada? – Não sei, está com frio, se calhar”.
Saronda/Tunda
“Saronda” (já referida anteriormente) é sinónimo de tareia, assim como “tunda”. “O ladrão armou-se em guicho mas levou uma saronda que ficou lá estendido!”
Bardino/Gandulo
“Bardino”, bem como “gandulo”, são palavras utilizadas para descrever um indivíduo vadio, meio delinquente. o Justin Bieber, por exemplo, é um bardino.
Surro
Quando alguém tem algum tipo de sujidade na pele, por exemplo (os lapouços têm frequentemente sujidade que vem da comida que espalham), pode dizer-se que tem surro. “Ó garota vai-te lavar que estás cheia de surro na cara!” é uma expressão que se ouve várias vezes, quando se lida com crianças.
Bilhó
Bilhó é uma maneira de designar castanhas assadas sem casca. Tão simples quanto isto. No outono, pela altura do S. Martinho, é frequente comer um manhuço de bilhós depois de almoçar. A palavra pode também ser usada para referir a uma criança pequena, atrevida, guicha. “Este bilhó não sabe estar quieto!”
Zorra
Talvez das mas engraçadas, é uma palavra que significa “filha bastarda”, como, por exemplo, a filha da Maria Cigana da qual já falamos no slide da Ladradeira. A Maria Cigana tem, portanto, uma zorra em casa.
A maneira de dizer as horas
Não, neste caso o título não é uma expressão transmontana. Neste caso, o que acontece é o seguinte: sempre que ouvires alguém dizer a preposição “as” ao dizer as horas (por exemplo: “são as 3h da manhã”, em vez de “são 3h da manhã), podes assumir, com 99% de certeza, que essa pessoa vem de Trás-os-Montes. Os transmontanos teimam que faz mais sentido assim, quem não é de lá teima que não. Contudo, achamos que ambas as formas são corretas.



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