Desaparecimento trágico da antiga professora

Transcrição da notícia "Brigantia, 2010-06-06 In DTM "

Professora reformada encontrada morta em circunstâncias suspeitas

Uma idosa foi encontrada morta, na aldeia de Freixiel, concelho de Vila Flor, com sinais de violência. A Polícia Judiciária está a investigar o caso por haver suspeita de crime.

O corpo de Izolina Ramos, de 88 anos, foi encontrado por Daniel Pinto, caseiro da quinta, propriedade da idosa, num anexo da residência.

“Acabei o trabalho e dirige-me a casa. Bati à porta mas não atendeu. Ela tem uma cozinha independente e vi a porta aberta e ela costumava-a ter sempre fechada. Dirigi-me lá e vi-a no chão”, explicou.

Por coincidência naquele momento passava no local uma patrulha da GNR de Vila Flor que de imediato isolou o local.

Depois de o delegado de saúde ter analisado o corpo, foi chamada a Polícia Judiciária.
As autoridades colocam a hipótese de poder ter ocorrido um assalto ao qual a idosa terá oferecido resistência, por alegadamente apresentar um saco na cabeça que poderá ter servido para a asfixiar.

O facto de ter sido encontrada semi-nua também leva as autoridades a suspeitar que possa ter ocorrido uma violação. Pormenores em que Daniel Pinto nem reparou.“Com aquela atrapalhação, não tive coragem. Só sei que estava no chão.”
Estas suspeitas só serão dissipadas através da autópsia que deverá ser realizada hoje.

Daniel Pinto trabalhava para a vítima há mais de 20 anos e não consegue compreender as circunstâncias desta morte.

“Estranho e lamento muito, uma senhora que se dava bem com todo o mundo, prestável. Toda a gente era amiga dele. Foi sempre humilde e ajudava toda a gente”, lamenta, emocionado.

O choque provocado por este crime era bem visível, ontem, nas pessoas que mais de perto conviveram com a que foi professora primária de muitos dos habitantes.

Armando Fidalgo, de 74 anos, é um dos deles:
“Fui para a escola a primeira vez, com ela, tinha seis anos. Fui aluno no primeiro ano em que ela deu aulas, há 68 anos. Era a melhor professora de todos os tempos, mas um bocadinho severa, à moda antiga. Mas foi impecável enquanto deu aulas.”

Isolina Ramos era natural de Horta do Douro, Vila Nova de Foz Côa. Foi colocada como professora primária em Freixiel, onde casou e ficou a viver. Nunca teve filhos. Enviuvou há cerca de 15 anos e desde então vivia sozinha. Como proprietária agrícola dava emprego a Daniel Pinto durante todo o ano e sazonalmente a muitos outros.
Muito religiosa, contribuiu em larga medida, nomeadamente, para as obras de restauro da igreja e da casa paroquial. O lar de idosos está instalado numa sua propriedade.

A “Dona Isolina”, como era conhecida em Freixiel, era frequentemente convidada para festas familiares e para ser madrinha de crianças.

Brigantia, 2010-06-06
In DTM

Ó Freixiel

Ó Freixiel terra linda onde eu nasci
Outra assim igual tão linda eu nunca vi
O meu coração s’tá nesta canção
Vai nela o amor qu’eu sinto por ti.

No meio da Rua Grande está um laço d’algodão
Todos passam e não caem só eu caí na prisão.
O meu coração está nesta canção
Vai nela o amor qu’eu sinto por ti.

O Pelourinho da Praça deita bandeiras de luto
Os rapazes emigram, raparigas choram muito.
O meu coração está nesta canção
Vai nela o amor qu’eu sinto por ti.

(uma das canções cantadas pelo Grupo de Cantares de Freixiel)

CASA DO CONDE



Situa-se no Largo do Terreiro do Conde
Data de 1790 - época de construção conforme data inscrita sobre a janela de sacada, tendo sido seu primeiro possuidor Francisco António de Araújo Borges Teixeira Chaves, Fidalgo da Casa Real
Urbano e harmónico, a fachada principal confina com a rua abrindo para um largo onde confluem várias artérias.
 As fachadas laterais confinam apenas em parte com a rua uma vez que lhes foram adossados muros que delimitam quintais, um em cada fachada, que escondem o primeiro registo do edifício.
Tem planta rectangular destacando-se no ângulo SE. um corpo que corresponderia à cozinha e dependências de apoio.
Coberturas diferenciadas em telhado de quatro águas, de duas águas sobre o pequeno frontão que remata ao centro a fachada principal, de três águas no corpo a SE. e de uma água sobre o alpendre desenvolvido a E..
O aparelho é em alvenaria de granito. O frontispício virado a O. tem cunhais apilastrados, embasamento de cantaria e dois registos.
No 1º, portal ao centro com lintel curvo rematado por delgada moldura saliente em jeito de pingadoiro, flanqueado por dois pequenos vãos rectangulares; no 2º dois pares de janelas de guilhotina com moldura igual ao portal e aventais caprichosamente rematados em cogulhos simples. Ao centro, sob frontão, pedra de armas dos Araújos e Borges (MORAIS, 1988), o qual interrompe a cornija de labor simples.
O alçado N. tem ao nível do 2º registo, janelão de sacada, ornado por pilastras laterais de caneluras profundas e lintel curvo rematado por cornija curva. O lintel e a cornija apresentam um ressalto central marcando o campo onde foi inscrita a memória da edificação: "AN.MD/ CC.LX/ XXX".
Tem portada de duas folhas e guarda em ferro.
Junto ao ângulo NE., janela de guilhotina e moldura simples de cantaria com lintel curvo.
Este alçado apresenta também remate em cornija de cantaria de labor simples. No alçado E. desenvolve-se no primeiro pano da fachada o alpendre que se interrompe no segundo pano correspondente ao corpo avançado do edifício. No alçado S. rasgam-se, no 2º registo, duas janelas de guilhotina de moldura simples de cantaria com lintel curvo. No ângulo SE. desenvolve-se o corpo avançado do edifício, hoje independente.

As Fontes de Freixiel






      Situam-se no Largo da Fonte e juntas formam um belo conjunto, recentemente foram alvo de uma recuperação ficando o seu conjunto ainda mais belo.
A Fonte Romana é arcada e talvez fonte de origem medieval, ainda que nela exista a data de 1780.
      Ainda não há muitos anos, (década de 80/90), quando a água escasseava no ribeiros e poços da aldeia era aqui que as senhoras vinha lavar as roupas, pois ao lado da fonte existe ainda hoje uma pia onde se colocava a água.
      A Fonte das Bicas está ao lado da Fonte Romana. Tem duas bicas que deitam, constantemente, imensa água. Esta é quente no Inverno e muito fresca no Verão. O depósito está situado na propriedade que lhe fica nas traseira. Actualmente está tapado, mas antigamente era uma fonte de mergulho a que o povo chamava "Fonte da Bufarra". No verão, os moradores da aldeia, serviam-se imenso desta água ainda que a sua qualidade deixasse muito a desejar, problema que dura há séculos.

     Curiosidade:
Segundo o povo as águas das fontes de Freixiel "eram ruins e causadoras de muitas maleitas", mas mesmo assim era aqui que as pessoas vinham buscar água para o consumo diário.
     Fazia parte do ritual diário das moças da aldeia dirigirem-se ao fim da tarde à "Fonte Velha " com a sua cantarinha a fim de ir buscar água.
Lá os rapazes já as esperavam ansiosamente, pois a ida à fonte servia de pretexto para os casais de namorados poderem conversar um bocadinho.

COUVES!!!!!!!!!!!!

Na estrada os buracos são tantos....que o povo plantou couves como protesto!