Este blogue pretende ser um espaço de divulgação do nordeste transmontano, suas aldeias e tradições, assim como das belas paisagens, desconhecidas da maioria das pessoas. No entanto, não se exclui a divulgação de outros temas, fotos e curiosidades.
Vila Flor versus Póvoa d´Álem Sabor
D. Dinis, Rei Poeta, aquando da sua passagem por este burgo, até então denominado por "Póvoa d´Álem Sabor",terá ficado encantado e rendido à beleza da paisagem e, em 1286, carinhosamente a re-baptizou de "Vila Flor".
Porta de Dinis
Estatua de D Dinis na entrada de Vila Flor
Cerca de 1295, D. Dinis manda erguer, em seu redor, em jeito de proteção, uma cinta de muralhas com 5 portas ou arcos. Resta o Arco de D. Dinis, monumento de interesse público.
D. Dinis: o Rei poeta que colocou os portugueses a escrever e a falar português
D. Dinis é uma das grandes figuras
da nossa História. Era, na sua época, um dos Reis mais respeitados no
mundo. Conhecido como o “Rei Poeta” (pois terá escrito 173 poemas em
Galaico-português) ou o “Rei Lavrador” (devido à sua aposta no campo),
D. Dinis foi o 6º monarca de Portugal e reinou durante 46 anos. É
descrito como culto, justo, por vezes cruel, piedoso, decidido e
inteligente.
Da sua infância pouco sabemos,
infelizmente. Contudo, tem-se conhecimento de que aos 10 anos passou
umas férias na corte do seu avô Afonso X, rei de Castela, também
conhecido como “O Sábio”. Suspeita-se que a sua veia artística terá ali
sido adquirida.
Em 1279, aos 17 anos, D. Dinis chega ao
trono de um país que vivia tempos instáveis, não sendo assim de espantar
os vários problemas com que teve de lidar nos primeiros anos. Entre
1279-1287 a sua mãe, Beatriz de Castela, queria ser rainha consorte. D.
Dinis não aceitou e afirmou a sua posição. Depois, em 1281, o seu irmão
D. Afonso colocou em causa as competências do rei.
Logo no início do seu reinado, em 1280, D.
Dinis, pensou no casamento e possivelmente nas questões políticas.
Encontrou a sua esposa ideal em Isabel de Aragão, conhecida
popularmente, hoje em dia, como a “Rainha Santa”, figura que, como se
sabe, marcou bastante o próprio reinado de D. Dinis e a História de
Portugal.
O casamento seria feito 2 anos depois, em Barcelona, por procuração.
A Rainha Isabel tinha…10 anos! Ao chegarem a Portugal, foi feita a
cerimónia em Trancoso. E depois fixaram-se em Coimbra. Deste casamento
tiveram dois filhos: D. Constança e D. Afonso, futuro D. Afonso IV. No
entanto, D. Dinis teve várias relações extraconjugais, dos quais teve
filhos, que foram educados pela… Rainha Santa!
Depois destes anos conturbados, D. Dinis
tomou várias medidas, como por exemplo: criou um sistema de leis, criou
as feiras, apostou na pesca e em outras atividades marítimas, cedeu
terrenos para cultivar a quem não tinha posses. Foi, no entanto, a
agricultura que mais o interessou (daí o seu cognome, “o Lavrador”).
Procurou interessar toda a população na exploração das terras,
facilitando a sua distribuição.
No Entre Douro e Minho dividiu as terras
em casais, cada casal vindo mais tarde a dar origem a uma povoação. Em
Trás-os-Montes o rei adoptou um regime colectivista: as terras eram
entregues a um grupo que repartia entre si os encargos, determinados
serviços e edifícios eram comunitários, tais como o forno do pão, o
moinho e a guarda do rebanho. Na Estremadura a forma de povoamento
dominante foi a que teve por base o imposto da jugada; outros tipos de
divisão foram também utilizados, como, por exemplo, a parceria.
Em 1290, fundou a primeira universidade
no país, que se situava em Lisboa e posteriormente passou para Coimbra.
Ao contrário do que se pensa não criou, mas ajudou a desenvolver o
Pinhal de Leiria. Assinou, juntamente com D. Fernando IV, rei de
Castela, a 12 Agosto de 1297, o Tratado de Alcanizes, acordo que
reconhecia oficialmente as fronteiras de Portugal.
Estabeleceu o Português como língua
oficial na redacção de documentos e fez uma aliança com Aragão. Também
relevante foi o facto de ter mediado o conflito entre Aragão e Castela, o
que lhe deu um grande prestígio a nível internacional.
Em 1290, concluída a reconquista portuguesa, o rei Dinis I de
Portugal decretou que a “língua vulgar” (o galego-português falado)
fosse usada em vez do latim na corte, e nomeada “português”. O rei
trovador, neto e tradutor de Afonso X O Sábio, adoptara uma língua
própria para o reino, tal como o seu avô fizera com o castelhano.
Em 1296 o português foi adaptado pela chancelaria régia e passou a ser
usado não só na poesia, mas também na redacção das leis e pelos
notários.
A 7 de Janeiro de 1325, aos 63 anos (uma idade muito avançada para a
altura), D. Dinis faleceu em Santarém. Foi sepultado no Mosteiro de
Odivelas, um edifício que foi criado por si. Análises feitas ao seu
túmulo indicam que o “Rei Poeta” foi muito saudável (incrivelmente
faleceu com todos os dentes!), permitindo ainda concluir que media 1,65
metros e tinha cabelo e barba ruivos.
30 exemplos engraçados da língua portuguesa, 100% “tugas”
À
grande e à francesa
Rés vés Campo de Ourique
Ter ouvidos de tísico
Como sardinhas em lata
Do tempo da Maria Cachucha
Como as obras de Santa Engrácia
Rebeubéu pardais ao ninho
Ser o testa de ferro
Ter as favas contadas
Coisas do arco da velha
Dar um lamiré
Dar graxa
Ficar em águas de bacalhau
Não vai ser pêra doce
Não temos copos de água, só com água
Ouro sobre azul
Puxar a brasa à nossa sardinha
É trigo limpo farinha Amparo
Dar o nó
Primeiro estranha-se, depois entranha-se
Estar de trombas
É um pau de dois bicos
Dar a volta ao bilhar grande
A pensar morreu um burro
Pedir a dolorosa
Dar tanga
Estar com a bezana
Não é grande espingarda
A ver navios
Comer e chorar por mais
Rés vés Campo de Ourique
Ter ouvidos de tísico
Como sardinhas em lata
Do tempo da Maria Cachucha
Como as obras de Santa Engrácia
Rebeubéu pardais ao ninho
Ser o testa de ferro
Ter as favas contadas
Coisas do arco da velha
Dar um lamiré
Dar graxa
Ficar em águas de bacalhau
Não vai ser pêra doce
Não temos copos de água, só com água
Ouro sobre azul
Puxar a brasa à nossa sardinha
É trigo limpo farinha Amparo
Dar o nó
Primeiro estranha-se, depois entranha-se
Estar de trombas
É um pau de dois bicos
Dar a volta ao bilhar grande
A pensar morreu um burro
Pedir a dolorosa
Dar tanga
Estar com a bezana
Não é grande espingarda
A ver navios
Comer e chorar por mais
A arte de bem falar português
Conta-se
que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho
vindo do quintal.
Chegando lá, constatou que um ladrão tentava levar os seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
-Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
-Doutor, afinal levo ou deixo os patos?
Festas de Santo ANTÓNIO de Lisboa
Festas de Santo ANTÓNIO de
Lisboa
30 de Maio a 13 de Junho de 2020
30 de Maio a 13 de Junho de 2020
Vamos celebrar a Festa de
Santo António de Lisboa, no Jubileu dos 800 anos do nosso
Santo Franciscano, com um programa repleto de celebrações e
actividades.
De 30 de Maio a 12 de
Junho
• 11h00 e 17h00, Celebração da Santa Missa
• Andor de Santo António, à porta da igreja
• 9 de Junho, 18 horas, Conferência sobre Santo António pela Dra Maria Adelina Amorim
• 11h00 e 17h00, Celebração da Santa Missa
• Andor de Santo António, à porta da igreja
• 9 de Junho, 18 horas, Conferência sobre Santo António pela Dra Maria Adelina Amorim
13 de Junho de 2020,
Sábado
• 11h00 e 17h00, Missas com Responsório de
Santo António e benção final com Relíquia
•12 horas, Missa de Festa, presidida pelo Sr.
D. Joaquim Mendes, Bispo-auxiliar de Lisboa
• No final da Missa, Benção à cidade de Lisboa, a Portugal e ao Mundo com Relíquia de Santo António
• 11h00 e 17h00, Missas com Responsório de
Santo António e benção final com Relíquia
•12 horas, Missa de Festa, presidida pelo Sr.
D. Joaquim Mendes, Bispo-auxiliar de Lisboa
• No final da Missa, Benção à cidade de Lisboa, a Portugal e ao Mundo com Relíquia de Santo António
Haverá propostas diárias
para conhecer melhor o nosso Santo, disponibilizadas a partir desta
segunda-feira à tarde e até dia 13 de junho, através do site
www.stoantoniolisboa.com
e nas nossas redes sociais. Nas suas partilhas utilize a hashtag
#rezemosjuntos
com Santo António!
Aos cristãos que não
podem deslocar-se à Igreja de Santo António, podem solicitar o
envio do Pão de Santo António através do email:
stoantoniolisboa@gmail.com e poderão acompanhar a transmissão em
directo das celebrações no nosso canal:
www.pscp.tv/stoantoniolisboa
As cidades com mais livrarias do mundo
As cidades com mais livrarias do mundo
1. Lisboa: 41,6 (por cada 100.000 habitantes)
2. Melbourne: 33,9
3. Buenos Aires: 22,6
4. Hong-Kong: 17,8
5. Madrid: 15,7
6. Roma: 15,2
7. Toronto: 12,4
8. Tokio: 12,2
9. París: 10,2
10. Nova York: 9,4
Arco da Rua Augusta
Embora tenha sido inaugurado em 1875, o Arco da Rua Augusta foi planeado em 1759 para comemorar a reconstrução pombalina da cidade após o terramoto de 1755. Sim, demorou mais de um século a estar concluído e chegou a ser comparado às obras de 4/8Santa Engrácia pelos historiadores da época! Idealizado pelo arquiteto Eugénio dos Santos, foi Veríssimo José da Costa que acabou por assinar o projeto numa construção que se revelou bastante atribulada. O Arco começou a ser construído em 1775 mas a primeira versão seria demolida em 1777, após a subida ao poder de D. Maria I e a demissão de Marquês de Pombal. Em 1873, retomou- se a edificação do Arco, num projeto de Veríssimo José da Costa aprovado em 1844, tendo ficado as obras concluídas em 1875. Para todos aqueles que já se questionaram sobre a inscrição em latim no topo, esta serve de tributo ao Império Português e significa: “Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”. Esta última sigla significa que o Arco foi realizado com dinheiro público, sem interferência de qualquer mecenas — PPD, em latim, simboliza “Pecunia Publica Dedicat“, ou seja, “(Construído) com o Dinheiro do Povo“. |
Lenda da Boca do Inferno em Cascais
Esta lenda passa-se na zona de Cascais, onde em tempos existiu um castelo habitado por um bruxo malvado. O bruxo escolheu a mais bela donzela da zona para se casar, mas ao vê-la em pessoa decidiu prendê-la escondida, louco de ciúmes pela beleza dela. A donzela ficou confinada a uma torre solitária, com um cavaleiro de guarda, sem nunca se poderem ver.
Os anos passaram e os dois conversavam e faziam-se companhia, até que o cavaleiro decidiu subir à torre para ver a sua amiga. Diz a lenda que, quando o cavaleiro abriu a porta, ficou embasbacado com a sua beleza e rapidamente se enamorou dela. Os apaixonados decidiram fugir a cavalo, esquecendo-se que o bruxo enfeitiçara a donzela e de tudo sabia.
O feiticeiro, enraivecido e sedento de vingança, invocou uma tempestade fortíssima que atingiu os rochedos por onde os amantes fugiam. Os rochedos abriram-se como uma boca, e as águas engoliram a donzela e o cavaleiro. Esse buraco nunca mais fechou, e a população começou a chamar-lhe Boca do Inferno, pelo destino infeliz que o par teve.
" Por National Geographic"
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